Com a estruturação do Setor de Perdas e a intensificação da fiscalização do consumo, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Brusque tem avançado no combate ao furto de água em residências e estabelecimentos comerciais. As ações já permitiram identificar ligações clandestinas que estavam ativas há anos. Com mais de 50 mil unidades consumidoras no município, o trabalho é contínuo, técnico e detalhado.
Esse tipo de irregularidade costuma ser difícil de detectar, pois as ligações são realizadas de forma oculta, muitas vezes subterrâneas ou por meio de desvios diretos da rede. Segundo o diretor-presidente do Samae, Rodrigo Cesari, as descobertas são resultado de um novo modelo de atuação da autarquia. “A identificação desses casos é fruto da ampliação da análise de dados e da realização de vistorias técnicas direcionadas, o que torna o trabalho mais preciso e eficiente”, explica.
Cesari reforça que o furto de água é uma prática criminosa que gera prejuízos a toda a população. “Enquanto a maioria dos moradores paga corretamente pelo consumo, alguns optam por burlar o sistema, causando danos financeiros e impactando diretamente o abastecimento da cidade”, destaca.
O presidente também destaca que situações como essas sempre existiram, mas que hoje ganham maior visibilidade através do Setor de Comunicação. “Esse tipo de irregularidade sempre aconteceu, mas nem sempre era divulgado com tanta frequência. Atualmente, por meio do Setor de Comunicação, das mídias oficiais e da imprensa local, essas informações chegam a mais pessoas. Isso acaba se tornando uma ferramenta importante, porque a população passa a entender melhor como funcionam os esquemas e se sente mais encorajada a denunciar”, afirma.
Algumas das ligações clandestinas identificadas tiveram origem em períodos em que não existiam os recursos tecnológicos e os sistemas de monitoramento disponíveis atualmente. “Durante muitos anos, esse tipo de irregularidade era extremamente difícil de ser identificada, dependendo, em grande parte, de denúncias. Hoje, o Samae conta com equipes capacitadas, cruzamento de dados históricos e monitoramento de consumo atípico, o que permite localizar situações que antes passavam despercebidas”, afirma.
Entre os casos já identificados estão imóveis de grande porte, com elevado consumo de água, incluindo áreas com piscinas, mesmo com o fornecimento oficialmente suspenso há anos. Para o diretor-presidente, o fato de irregularidades antigas estarem sendo descobertas reforça a eficácia do trabalho atual. “Quando uma ligação clandestina que existia há 10 ou 12 anos é descoberta hoje, isso demonstra que os mecanismos de controle estão funcionando e se tornando cada vez mais precisos”, pontua.
Ele também esclarece que não é possível constatar irregularidades apenas pelo fato de um imóvel estar com o fornecimento de água cortado. “Existem formas legais alternativas de captação, como poços artesianos e cisternas. Por isso, não podemos presumir a existência de ligação clandestina somente com base na suspensão do abastecimento. Quando há denúncia ou quando o cruzamento de dados aponta indícios de consumo irregular, a investigação é iniciada”, explica o presidente.
“Nosso compromisso é com quem faz a coisa certa. O trabalho seguirá de forma técnica e responsável para garantir que a água chegue a todos de maneira justa e regular”, finaliza Cesari.
As denúncias podem ser feitas pela Ouvidoria, por meio do número 156, pelo telefone (47) 3255-0500, pelo e-mail ouvidoria@samaebru.com.br ou presencialmente na Central de Atendimento, no Centro.